Impedimento de Crivella entra em debate na Câmara Municipal

A votação para aprovação do processo de impeachment do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), está marcada para esta quinta-feira (12) às 14h e dependerá de maioria simples na Câmara dos Vereadores, composta por 51 parlamentares. O procedimento foi definido na última quarta-feira (11) durante reunião entre a Procuradoria da Casa e Mesa Diretora.

Entenda o caso

O prefeito Marcelo Crivella esteve em evidência no debate público esta semana. Isso em razão de uma reunião secreta ocorrida entre o prefeito e 250 pastores evangélicos no último dia 4 no Palácio da Cidade, sede do governo municipal.

Na reunião, Crivella ofereceu aos pastores e pessoas ligadas à Universal uma série de facilidades e medidas que favoreciam integrantes da igreja em detrimento de o restante da população — como soluções para problemas com IPTU e ligeireza especial para as cirurgias de catarata e varizes dos fiéis.

Três solicitações de impeachment foram protocoladas no início desta semana. A primeira foi pedida pelo vereador Átila Nunes (MDB); a segunda pelo deputado estadual Marcelo Freixo (Psol) juntamente com o diretório municipal do partido e a terceira foi protocolada no Tribunal de Justiça (TJ) pelo Sindicato dos Servidores Públicos do Rio de Janeiro. Também foi entregue ao Ministério Público do estado uma representação solicitando investigação do caso por um grupo de vereadores. Os pedidos citam improbidade administrativa do prefeito.

Saiba o que pode acontecer

Se a solicitação de impeachment for aceita pela maioria dos vereadores nesta quinta-feira, Crivella é afastado e, após receber notificação, terá 10 dias para apresentar sua defesa. De acordo com informações cedidas pela assessoria do deputado Freixo,  após o prazo do afastamento — que é de 90 dias — o Presidente da Câmara deve marcar a votação para o julgamento, que carece de no mínimo ⅔ dos vereadores favoráveis para ser aprovado.

*Laura Alves, assessoria de imprensa SINPOSPETRO-RJ.