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Economia se move lentamente e crescem as ameaças de novo recuo, aponta Dieese

  • Postado por: Marcela Canero
  • Categoria: Notícias

Em boletim de conjuntura lançado recentemente, o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontou que a economia do país se move lentamente, entretanto, as ameaças de recuo não param de crescer. Para o Dieese, a situação do mercado de trabalho brasileiro segue extremamente adversa com a nova legislação trabalhista.

Conforme aponta o boletim, mesmo com a economia brasileira manifestando sinais ambíguos nos primeiros meses deste ano, está cada vez mais claro que os resultados econômicos de 2018 estão severamente comprometidos.

De acordo com dados disponíveis pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios/IBGE, houve um crescimento no número de trabalhadores empregados em relação ao ano passado. Entretanto para o Dieese, a qualidade das vagas abertas despencou.

“Na comparação interanual, foram destruídos 557 mil empregos com carteira assinada de um lado e criados 647 mil empregos assalariados sem carteira de outro, além de ter havido aumento de ocupados como trabalhadores por conta própria”, destacou o boletim.

Esses números, segundo o Dieese, contrastam com as promessas daqueles que defendiam a reforma trabalhista. Para a entidade, “ passados sete meses de vigência do ‘novo’ marco institucional, as consequências mais evidentes são todas de caráter negativo. Prejudiciais ao conjunto dos trabalhadores, e, de maneira alguma, conferem maior estabilidade às relações de trabalho no país ou ensejam melhora do mercado de trabalho”.

Ainda conforme apontou a entidade, a situação ficou mais preocupante após greve que envolveu os caminhoneiros em maio deste ano — deflagrada em razão do aumento dos preços do diesel. Para o Dieese, as propostas de negociação ofertadas pelo governo são de “caráter paliativo e de difícil sustentação, uma vez que não enfrenta o aspecto central do problema, que é a política de preços adotada”.

O boletim aponta, ainda, que houve neste ano uma queda no número de acordos coletivos fechados em relação aos anos anteriores e enfatizou que os ataques ao financiamento sindical são um dos maiores prejuízos da reforma para os trabalhadores e trabalhadoras.

Confira aqui o boletim na íntegra.

*Assessoria de imprensa SINPOSPETRO-RJ.