O Ministério Público do Trabalho (MPT) no Rio de Janeiro e a Cáritas Arquidiocesana resgataram dez trabalhadores vivendo em condições análogas à escravidão na sobreloja de um restaurante, no centro da capital fluminense.
Os fiscais chegaram até o local depois de uma denúncia feita à Delegacia Regional do Trabalho (DRT), no final do mês passado.
Os trabalhadores disseram que estavam em péssimas condições, em um alojamento improvisado, e o resgate aconteceu no início deste mês, mas só foi divulgado nesta segunda-feira (8).
De acordo com o Ministério Público do Trabalho, o restaurante Imperial pertence ao grupo econômico dos irmãos Antônio, José e Vicente Pereira de Moura, proprietários de mais cinco estabelecimentos.
Os proprietários foram multados em R$ 100 mil por terem descumprido um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o MPT há dez anos, também por manter funcionários em péssimas condições de habitação.
Os trabalhadores foram levados, inicialmente, para um hotel mantido pela Cáritas. Os donos do restaurante pagaram as verbas rescisórias de cada um e também as passagens para voltarem a suas cidades de origem, no Ceará.
De acordo com o MPT, o dinheiro da multa será destinado à Caritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro, no âmbito do Projeto Ação Integrada.
*Via Radioagência Nacional – Empresa Brasil de Comunicação (EBC).