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Nosso Expediente

O desejo de se representar no oposto

  • Postado por: Estefania de Castro
  • Categoria: Editorial do Presidente, Sem categoria

Como disse na semana passada a festa da democracia vai custar caro para o trabalhador. As entidades de classes terão pela frente um grande desafio que é lutar pela manutenção dos direitos e impedir mais retrocessos na esfera trabalhista. A nova composição do Congresso Nacional garante aos defensores do neoliberalismo passe livre para aprovar qualquer Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que vise reduzir os custos das empresas com os empregados. Para aprovar uma PEC são necessários 308 votos na Câmara dos Deputados e 49 no Senado. Lamentavelmente, os partidos que defendem essas pautas conseguiram ultrapassar esses números.

A nefasta Reforma Trabalhista do governo de Michel Temer e a Carteira Verde Amarela de Jair Bolsonaro já deixaram riscos profundos na CLT, que não suporta mais rasuras. Se Bolsonaro se mantiver no cargo, ele terá passe livre para tocar seu projeto de afrouxamento da legislação trabalhista. O atual presidente vai tentar tirar do papel a promessa que fez em 2018 de aproximar a legislação trabalhista da informalidade.

Diante da sinuca de bico em que nos metemos, só nos resta, agora, votar em Lula, para revogar os pontos regressivos da atual legislação trabalhista. Lula defende um amplo debate entre representantes de sindicatos e empresários. A ideia é criar uma rede de proteção para todos os trabalhadores, principalmente, para os autônomos e de aplicativos, reestabelecendo também o acesso gratuito à justiça do trabalho.

Mesmo com a eleição de Lula teremos que quebrar muitas pedras para construir um novo caminho. O Congresso não vai facilitar para os pobres, no entanto, teremos um presidente mais preocupado com a educação, saúde, com a classe operária, com os salários e com a qualificação da mão de obra, instrumentos indispensáveis para melhorar as condições de vida do povo.

Em seu plano de governo Lula é enfático ao destacar que “mais do que nunca, o Brasil precisa resgatar a esperança na reconstrução e na transformação de um país devastado por um processo de destruição que nos trouxe de volta a fome, o desemprego, a inflação, o endividamento e o desalento das famílias”. Precisamos urgentemente decidir o que queremos para as nossas famílias e quebrar, de uma vez, as correntes da submissão. Elegemos um Congresso com poucos rostos e histórias parecidas com as nossas, mas agora não adianta chorar sobre o leite derramado. Ainda temos tempo para evitar que vaca vá para o brejo, votando em Lula para presidente no dia 30 de outubro.

 

presidente do sinpospetro-rjEusébio Luis Pinto Neto é frentista
Presidente do SINPOSPETRO-RJ e da FENEPOSPETRO