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Encontro virtual vai debater questões das mulheres frentistas

  • Postado por: Estefania de Castro
  • Categoria: Sem categoria

Numa ação conjunta pelo Dia Internacional da Mulher, a Federação Nacional dos Frentistas (FENEPOSPETRO) e a Federação da categoria do Estado de São Paulo (FEPOSPETRO) realizam amanhã (8) um encontro virtual com sindicalistas e trabalhadoras de postos de combustíveis. Do encontro, transmitido pela plataforma Zoom, a partir das 9h, sairão propostas para melhorar as condições de trabalho das frentistas. Telma Cardia, secretária da mulher das duas federações e presidente do Sindicato dos Frentistas de Guarulhos, pretende entregar ao Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, a pauta de reivindicação das trabalhadoras.

A advogada Martiniglei Aguiar, especialista nas causas femininas, vai participar do debate orientando as dirigentes sindicais e as frentistas sobre os direitos sociais e trabalhistas das mulheres. A gravidez e o uniforme inadequado das mulheres serão temas de destaques no debate.

GRAVIDEZ
Conforme as normas de segurança e saúde, as frentistas grávidas não podem trabalhar junto às bombas de abastecimento. A empresa é obrigada a transferir a gestante para outros setores: como o escritório e a loja de conveniências. As trabalhadoras também não podem ficar sentadas, sem uma ocupação, aguardando o fim da jornada, porque isso considerado assédio. Ela denuncia que a trabalhadora afastada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para ficar em casa, por risco na gravidez, é penalizada com a perda do adicional de periculosidade de 30% e do ticket refeição. Segundo Telma Cardia, o governo precisa criar mecanismos para proteger as frentistas gestantes.

UNIFORME
Apesar da luta dos sindicatos em todo país para coibir a objetificação da mulher, alguns postos de combustíveis insistem em contratar mulheres jovens para atrair a clientela. Telma acrescenta que essas más empresas oferecem uniformes de lycra, que expõem os corpos das mulheres e aumenta o risco de acidente. “A lycra é um material inflamável e pode provocar queimadura na trabalhadora, caso respingue combustível no uniforme. O uniforme tem que ser adequado porque a categoria manuseia produtos tóxicos e inflamáveis”, frisa, ela.

CONSCIENTIZAÇÃO
Apesar de 35% da categoria ser formada por mulheres — 175 mil — uma minoria compõe as diretorias dos sindicatos dos frentistas no país. Telma Cardia afirma que as mulheres têm pouca representatividade no movimento sindical, assim como na política, por isso, há uma dificuldade de emplacar as pautas de interesse feminino. “As negociações são coordenadas por homens nos sindicatos de classe e patronal, com isso as mulheres não encontram espaço para defender as suas propostas. O movimento sindical tem a obrigação de conscientizar e acolher essas mulheres”, completa.

ENCONTRO VIRTUAL
As frentistas do Rio de Janeiro, que trabalham à tarde ou estarão de folga nesta quarta-feira (8) poderão acompanhar o debate pela plataforma Zoom, a partir das 9h, acessando aqui  com a senha 0fiXUe.

Por Estefania de Castro