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Frentistas exigem políticas públicas voltadas às mulheres

  • Postado por: Estefania de Castro
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Reflexão, luta e respeito marcaram as homenagens do SINPOSPETRO-RJ pelo Dia Internacional da Mulher. O sindicato promoveu um café da manhã, nesta quarta-feira (8), para as funcionárias do Posto Amigão de Nova Iguaçu, da Rede Saraiva. As trabalhadoras demonstraram conscientização ao debater as questões que abrangem o universo feminino e o mercado de trabalho.

Ao falar às frentistas, Eusébio Pinto Neto, presidente do sindicato, lembrou que as trabalhadoras de postos de combustíveis recebem o mesmo salário que os homens, no entanto essa não é uma realidade em outros setores econômicos. Ele destacou que a mulher tem um papel de luta histórico no mercado de trabalho, contudo, sofre com a discriminação. Segundo Eusébio, as mulheres são responsáveis pela transformação social e determinantes para mudar o destino do mundo.

No café, os diretores conversaram e distribuíram rosas para as trabalhadoras. A vice-presidente, Aparecida Evaristo, coordenadora do evento, agradeceu a equipe do sindicato e aos diretores Reinaldo Pinheiro e Vinicius Mendonça pelo apoio.

O posto tem 47 funcionárias, a maioria trabalha no turno da manhã. Durante o evento, elas se revezaram na pista de abastecimento.

HISTÓRIAS DE VIDA
Há três anos no posto, Ana Ribeiro, de 28 anos, disse que o governo tem de investir em políticas públicas para dar mais suporte às trabalhadoras. Ela tem dois filhos, Ana Beatriz, de 7 anos, e Davi, de 4 anos. Para Ana, a educação transforma e reduz a violência. Ela defendeu o ensino em tempo integral, com escolas públicas de referência para as crianças estudarem e praticarem diversas atividades. “O governo precisa ter um olhar mais sensível com as mulheres. Saímos para o trabalho preocupadas com os nossos filhos, na escola eles estão protegidos. As mulheres merecem respeito, geramos vidas, e precisamos de mais tempo para cuidar da família”, frisou.

Arrimo de família, Andréia Praxedes, 29 anos, funcionária do posto há 5 anos, cobrou mais direitos para as mulheres. Ela cuida do filho sozinha. A falta de tempo é o seu maior obstáculo. Andréia admitiu que é muito difícil conciliar trabalho, filho e casa. “O governo tem que criar estruturas para acolher a mulher. A violência não permite que as crianças brinquem nas ruas. Nós não temos com pagar por atividades extras para educar nossos filhos”, completou.

Ana Cristina Costa, 32 anos, trabalha no abastecimento de caminhão. Ela disse que os caminhoneiros têm muito a ensinar com as suas histórias. “Gosto de trocar informações com os clientes, nós aprendemos muito. Os caminhoneiros têm os frentistas como amigos e rodam quilômetros para ganhar o prêmio do seu trabalho, o volante”, ressaltou ela.

Por Estefania de Castro