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Informalidade supera 50% em 7 estados, apesar de recorde no trabalho com carteira no país

  • Postado por: Estefania de Castro
  • Categoria: Notícias

O Brasil atingiu recorde de vagas formais e o menor nível de desemprego da História em 2024, mas a informalidade ainda predomina em algumas regiões do país. Em sete estados, mais da metade dos ocupados não tem carteira assinada. Os dados, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua trimestral do IBGE, foram compilados pelo pesquisador Rodolpho Tobler, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), a pedido do GLOBO.

Segundo especialistas ouvidos pelo GLOBO, contribuem para esse quadro a baixa remuneração em vagas formais, especialmente para as que exigem pouca qualificação, além do desejo de maior flexibilidade de horários e da distância para o local de trabalho, no caso de quem mora na periferia.

Pesa ainda o fato de que a diferença de rendimento entre trabalhadores formais e informais no Brasil diminuiu nos últimos anos, conforme os dados do IBGE compilados por Tobler. Em 2015, a remuneração de empregados com carteira superava em 73% a daqueles sem carteira. No fim de 2024, essa diferença caiu para cerca de 31%.

No Pará, Piauí, Maranhão, Ceará, Amazonas, Bahia e Paraíba, a informalidade continua acima de 50%. Esse patamar se mantém desde início da atual série histórica do IBGE. Em 2020, na Paraíba e na Bahia o índice chegou a recuar para entre 47% e 48%, mas foi reflexo da pandemia, não da melhora no mercado formal.
Carolina Nalin e Henrique Barbi, O Globo