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Insegurança e baixos salários reduzem a oferta de mão de obra nos postos

  • Postado por: Estefania de Castro
  • Categoria: Notícias

Os dirigentes do SINPOSPETRO-RJ e do SINDCOMB (Sindicato Patronal) iniciaram as discussões para a elaboração da convenção coletiva de trabalho 2025/2027 dos funcionários de postos de combustível e de lojas de conveniência do município do Rio de Janeiro. Os patrões se comprometeram a fazer uma análise criteriosa da pauta de reivindicações para avançar nas cláusulas sociais e econômicas.

O presidente do SINPOSPETRO-RJ, Eusébio Pinto Neto, disse que o setor de revenda de combustíveis precisa avançar para proporcionar aos empregados melhores condições de salários e trabalho. Segundo ele, com a economia aquecida, as vagas de emprego com baixos salários tendem a não ser preenchidas. Ele afirmou que é inaceitável que o frentista do Rio de Janeiro, segunda maior economia do país, receba um salário inferior ao de outros estados.

Fernando Benfica, economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), afirmou que, quando os salários não são atrativos, o trabalhador tende à informalidade, onde o retorno é imediato e o lucro é maior. Ele disse que a venda de combustíveis cresceu em 2024, assim como o emplacamento de novos carros.

O economista ressaltou que é preciso considerar a nova regra de valorização do salário mínimo, que prevê o reajuste pelo índice de inflação mais a variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos anteriores, para que o piso da categoria não fique inferior ao piso nacional.

QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
Eusébio Neto destacou a importância de se investir na qualificação profissional. Ele disse que o SINPOSPETRO-RJ realiza cursos gratuitos para os trabalhadores de postos mensalmente. Segundo ele, o funcionário precisa ser valorizado para ter orgulho de trabalhar no setor.

SEGURANÇA PÚBLICA
A segurança no setor de combustíveis é um tema que preocupa tanto patrões quanto empregados. Antônio Barbosa, vice-presidente do SINDCOMB, advertiu para o caso de empresários que não são do ramo, fazem concorrência desleal e não cumprem com suas obrigações trabalhistas.

Eusébio Neto afirmou que a questão da segurança no setor é de relevância nacional.

NEGOCIAÇÃO
Também estiveram presentes a vice-presidente do sindicato, Aparecida Evaristo, e os diretores Reinaldo Pinheiro, Klebson Patrício, Vinicius Mendonça e a advogada Thaís Farah.

A próxima rodada de negociação será no dia 27 de março, às 15h.

Por Estefania de Castro