Em todos os postos que visitam, as equipes de base do Sindicato dos Frentistas do Rio (Sinpospetro-RJ) têm informado os trabalhadores sobre o andamento das negociações para assinatura da convenção coletiva de trabalho (CCT) 2021-2023. Em geral, os trabalhadores estão indignados com a demora para a assinatura da CCT – que tem data-base em 1º de junho – e ainda mais revoltados com a proposta patronal que, na prática, representaria uma redução dos salários (saiba mais). 

“Os donos de postos e lojas de conveniência têm uma margem de lucro altíssima e pagam um salário baixo. Tiveram ajuda do governo para manter seus negócios funcionando, mas mesmo assim demitiram muita gente. Nada justifica que agora neguem um reajuste digno e deixem os trabalhadores todo esse tempo sem aumento, num momento tão difícil para todos”, reclama o presidente do Sinpospetro-RJ, Eusébio Pinto Neto.  

Retroativo – Nas primeiras rodadas de negociação, embora não tenham alcançado um acordo para assinar a CCT, de forma unificada os sindicatos do Rio, Niterói e Campos dos Goytacazes conseguiram garantir a manutenção da data base. Com isso, quando vier o aumento, ele será pago de forma retroativa a 1º de junho. Mesmo assim e sabendo que não podem aceitar um índice de reajuste abaixo da inflação, os sindicatos querem fechar logo a negociação, porque sabem que quanto mais demora, mais aumenta o aperto do trabalhador. 

Pressão – A próxima rodada de negociação será em 21 de julho. Os trabalhadores devem ficar atentos às convocações dos sindicatos, pois a participação dos trabalhadores será fundamental para pressionar os patrões a conceder um reajuste salarial digno.